Mirtha Dermisache
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG7dms1zqoClJMuJuCnsSOb8RHdCb0KPsTC9EEFBgvNXaGYQRpbPB_u22R_BIzSl89sKD1H_ZQrH5R3F6_QGN15B5ynckJkQ2VPSCIRA-AX3HfEOOxNXKEwHQdTaUYWuCSZvNq9Wxcj7c8/s320/mirtha+dermisache.jpg)
O que é uma coisa nova? Aquilo que acabou de nascer, de ser criado? Ou aquilo que eu ainda não conhecia? Então, dá-se o primeiro encontro e, oh! Fico admirada com uma janela que, de repente, se abre diante de mim, e permaneço, extasiada com a vista, a paisagem. Foi assim que me senti quando me deparei com Mirtha Dermisache. Sua obra é encantadora e extremamente enigmática. Em minhas parcas palavras, eu diria que é um misto de escrita e pintura. Não uma escrita conhecida, e, na verdade não consigo ver o que vem primeiro: onde começa a escrita, onde começa a pintura? A produção de Dermisache é gráfica, com conjuntos de caligrafias umas distintas das outras, lindas e perturbadoras. Roland Barthes denominou-as "escrituras ilegibles" . Sua obra conversa com nosso inconsciente, nos faz refletir sobre o que é a linguagem e até onde exploramos as maneiras de nos comunicarmos. E ainda: quais as fronteiras entre o desenho e a escrita?