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Mirtha Dermisache

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O que é uma coisa nova? Aquilo que acabou de nascer, de ser criado? Ou aquilo que eu ainda não conhecia? Então, dá-se o primeiro encontro e, oh! Fico admirada com uma  janela que, de repente, se abre diante de mim, e permaneço, extasiada com a vista, a paisagem. Foi assim que me senti quando me deparei com Mirtha Dermisache. Sua obra é encantadora e extremamente enigmática. Em minhas parcas palavras, eu diria que é um misto de escrita e pintura. Não uma escrita conhecida, e, na verdade não consigo ver o que vem primeiro: onde começa a escrita, onde começa a pintura? A produção de Dermisache é gráfica, com conjuntos de caligrafias umas distintas das outras, lindas e perturbadoras. Roland Barthes denominou-as  "escrituras ilegibles" . Sua obra conversa com nosso inconsciente, nos faz refletir sobre o que é a linguagem e até onde exploramos as maneiras de nos comunicarmos. E ainda: quais as fronteiras entre o desenho e a escrita?