Cecília Meireles
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHvAERZTRGnKq_EkU5CjD8zxafNGqtLFO8mlUey7dNqY7xfg0HejqL2nn6_WqHBrXHDrtGsQfhJzWVcIfjKRpGvHZ5V3rWdrT7saUMNwSIhO2FY4bm5vg5-EfMrleLBWmS4i8aGK8HphsA/s1600/car-communication-3100980_960_720.jpg)
Imagem: Pixabay Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: – Em que espelho ficou perdida a minha face? Cecília Meireles Imagem: Pinterest É possível sentir saudades de alguém que nem chegamos a conhecer? Esse é o meu caso com Cecília Meireles. Sua biografia, a história da sua vida me parece tão similar. Sigo me identificando totalmente com ela. Seu jeito de pensar, seu olhar sobre as coisas. E apesar de termos vivido em épocas diferentes é como se a conhecesse. Na verdade esse tipo de identificação acontece todo o tempo com as pessoas, e a psicologia pode explicar esse tipo de saudosismo muito claramente. Nem por isso deixa-se de sentir e nem por isso aceita-se o explicado. Pairam em nós as sensações